A origem dos dragões
Até que se prove o contrário, os dragões
artonianos foram criados por Meggalokk, Deus
dos monstros. Mas como sempre, alguns
pesquisadores desconsideram a existência dos
Deuses e tentam explicar a origem da vida sem
sua presença.
A mais ou menos 260 milhões de anos atrás
o mundo de Arton era dominado exclusivamente
pelos répteis gigantes, como os dinossauros.
Uma pequena porção de criaturas menores,
conhecidas como sinapsídeos, viviam à sua
sombra, escondendo-se e fugindo de seus
predadores maiores. Estes sinapsídeos seriam
aqueles que, milhões de anos mais tarde,
dariam origem a todos os povos artonianos,
como os antropossauros, humanos e semihumDaunraons.
t e o domínio dos monstros gigantes,
os dragões eram tidos como as criaturas mais
avançadas. Eles eram os seres mais
inteligentes existentes, muito mais do que os
próprios sinapsídeos, que na época eram nada
menos do que bárbaros bestiais irracionais.
Cerca de 195 milhões de anos mais tarde,
uma catástrofe pôs fim ao domínio de Megalokk.
Segundo os clérigos, esta catástrofe seria na
verdade a força dos demais Deuses do
Panteão, pondo fim à Era Megalokk para criarem
suas próprias criaturas. Foi então que surgiram
os humanos, elfos, anões e tantos outros
seres vivos, moldados pelas mãos de Valkaria,
Tenebra, Glórienn e outros deuses. Aqueles que
descartam a presença dos Deuses explicam
que tais criaturas teriam surgido a partir da
evolução dos sinapsídeos, que seguiram diversos
rumos distintos.
O fato é que com ou sem a presença dos
Deuses, criaturas gigantescas como os
dinossauros e os dragões acabaram limitandose
em regiões mais remotas, especialmente
Galrasia e as Montanhas Sanguinárias. Aqueles
que necessitam de uma temperatura mais
glacial, como os dragões brancos, ficaram
limitados a lugares como as Montanhas
Uivantes.
Muitos estudiosos falam sobre as Geleiras
do Grande Norte, localizadas além do Deserto
da Perdição. A teoria sobre as geleiras vem do
clima frio da antiga Tamu-ra, mas se tais
geleiras existem ou não nunca foi comprovado.
Se elas existem, é bem possível que seja o lar
de muitos dragões brancos.
Em Arton os dragões são extremamente
territoriais e solitários. Por um lado isso é uma
vantagem para os humanos e semi-humanos.
Uma vez que raramente se relacionam com
outros de sua espécie, os dragões não procriam
muito. A formação de casais é relativamente
incomum, mas não impossível. Isso, no entanto,
não ameaça a espécie, afinal poucas são as
criaturas que conseguem matar um dragão
adulto. Tal fato é, por outro lado, de grande
importância para nossa sobrevivência: se não
fosse por este isolamento os dragões poderiam
procriar livremente, e em breve voltaríamos para
a época em que a humanidade deveria se
esconder destas criaturas aladas.